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sábado, 19 de dezembro de 2009

Dizimar o bacalhau

Na mesa da consoada dos portugueses não pode nunca faltar o bacalhau, que é um marco da gastronomia da típica quadra festiva. Isto porque em Portugal não há muito o hábito do peru, como nos EUA, que, para compensar, comem perus a toda a hora. E assim é: bacalhau no forno, bacalhau com natas, bacalhau espiritual… há muita variedade, não só no Natal como durante o ano inteiro.

Imagine-se pois que, enquanto as avós se entretinham na cozinha a confeccionar as iguarias para a noite de Natal em família, o bacalhau estava a entrar em extinção. A reacção? “Quero lá saber.” Pois é. Só quando restar meia dúzia destes peixes nos mares da Noruega, é que os portugueses e os outros países se vão aperceber que, afinal, o bacalhau estava em fins de vida graças a nós. Isto vem de há muitos anos. A QUERCUS (que mete o dedo em tudo) não se cansa de alertar, nem a ASAE larga os supermercados, nesta altura em que crescem as preocupações com as comezainas que se querem variadas.

A extinção do bacalhau é um assunto sério, mas enquanto nós virmos os peixes à venda na bancada do Jumbo ou nos pacotes da Pesca Nova não nos vamos preocupar. Os portugueses são assim: só às últimas das últimas é que fazem as coisas e se preocupam (por isso é que o Colombo enche no dia 24 de Dezembro, porque as presentes ainda se vão comprar ou então um foi esquecido).
Em suma, o bacalhau vai escasseando, por isso fiquem com este título jornalístico.

“Bacalhau acaba em 2048!


Até lá, coma quanto quiser que não fará diferença.


É só menos um a nadar. Multiplique por milhões de casas”

Assustados? Nem eu. Comam! Bacalhau há muito! Feliz Natal!

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