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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O perigo iminente

Numa altura em que certos casos polémicos, nomeadamente escutas, e outros tantos embargos tendem a ser escondidos da vida pública, surgiu uma notícia, que, para variar, não é de coisas boas no nosso país: as pontes e viadutos podem cair. Desengane-se por isso aquele que pensou que em Portugal as estradas eram viáveis, visto que na verdade elas têm apenas duas facetas: contribuir para as estatísticas reveladoras das mortes nas estradas portuguesas (que a SIC e TVI fazem questão de focar com imagens traumáticas), e, agora mostrado, promover a desconfiança dos cidadãos assim que passam de carro numa ponte ou viaduto português (duvidoso, portanto).




Mas vamos ao que interessa. Vejamos os números: 170 pontes e viadutos têm problemas estruturais, dos quais 20 precisam de intervenção imediata. Quando a EP foi fazer as vistorias, ou pensava que as pessoas não davam conta, ou então que as pontes não estavam assim tão más. No entanto, se recuarmos a uns anos atrás, devemo-nos muito bem lembrar da tragédia da “Ponte entre os Rios”. Morreu muita gente, caíram carros à água, e tudo isso despoletou numerosas e variadas inspecções às estruturas (porque é preciso haver um desastre para cá se admitir que as coisas têm de ser reparadas, como foi também o caso da Praia Maria Luísa, no Algarve, onde um pedaço de falésia esmagou meia dúzia de pessoas). Após alguns dias, andavam a inspeccionar as praias do norte ao sul do continente, nem que fosse para ver se alguma pedrinha de 5 gramas podia resvalar por um montinho de areia.

Mas, meus amigos, o que é certo é que as pontes e viadutos, quer pedestres ou rodoviários, necessitam mesmo de obras urgentes. E algumas dessas vistorias apontaram para o IP3, onde pode haver segmentos que ao fim destes anos acabem por ceder. Mas acalmem-se, porque um senhor muito bem vestido da empresa EP garantiu aos portugueses que, na maioria dos sítios, o risco não está eminente, podendo nós continuar a circular por lá. Mas eu não acredito, porque quando eles dizem isso, é porque já não vão no seu Mercedes, vão de helicóptero.

Digam lá, então, o que é que não cai, não se afunda nem colapsa neste país?


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