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sábado, 7 de novembro de 2009

Construir... para vir abaixo.

Afinal, os estádios de futebol especialmente construídos para os jogos do Euro 2004… não se revelaram produtivos.

Um desses casos leva-nos até Aveiro, onde, por diversos motivos (não muito bem aceites pela comunidade) a demolição do estádio municipal foi seriamente ponderada, tendo ela surgido no meio de umas conversas travadas nas próprias bancadas do recinto. Entretanto, já isto correu meio mundo e já todos ficaram a saber da situação do rapidamente descrito pela imprensa local “monte de betão colorido deixado ao vazio”. E estando o ainda Estádio Municipal no centro das ideias mais drásticas do presidente da concelhia de Aveiro do PSD, serão os argumentos pró-demolição viáveis e credíveis? Vejamos.
Os dirigentes do PSD dizem que sim, que devido aos elevados encargos com a manutenção e conservação do equipamento, a solução ideal passa por pagar a meia-dúzia de gruas das obras para deitarem a estrutura por terra (num orçamento baratinho para evitar mais prejuízos), e a população diz que não, e que o problema foi o facto de os projectos de dinamização das áreas envolventes ao estádio… nunca terem saído do papel. Talvez assim a zona fosse mais atractiva, talvez assim o estádio se tornasse produtivo e mais que isso, apelativo e fonte de investimentos.


Em que é que ficamos?
Foi dinheiro gasto em estádios para acolher os jogos do Euro 2004 em Portugal.
Foi construir os edifícios desportivos sem mais tarde pensar em rentabilização.
Foi, no fim de contas, gastar tempo e fundos monetários ao erguer o provavelmente já em fim de vida Estádio de Aveiro, que com apenas 6 anos se vê subitamente noticiado de norte a sul do país, pelos motivos menos alegres: deitar abaixo a obra feita.

Com isto perguntamos: há investimentos com retorno em Portugal?

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