Quando saímos da loja onde se tratam de todos os assuntos burocráticos - entre eles do C.U. e da permanência legal no país (para não termos de morar debaixo da pala da ponte) – esbarramos logo nas lojas dos chineses. Há quem goste de lá ir (e eu admito que até já lá entrei), mas a maioria (uma pessoa - muita gente, sem dúvida) queixa-se e põe-se a dizer: “ai qualquer dia em vez de irmos à baixa, dizemos que vamos à ChinaTown! Pfee…”. E como se o que dissessem mudasse as ideias do SEF, que é o Serviço de Estranhos e Falsificados que deixa por isso entrar todo o tipo de pessoas no país… (talvez para subir o turismo, quem sabe?). Bem, como estava a relatar, ao esbarrarmos nos manequins muito bem colocados pelos chinocas (que nos caíram em cima do pé e nos fizeram uma fractura) somos obrigados a entrar e a dar uma vista de olhos nos produtos: há de tudo, desde chinelos a vestidos, passando pelas lanternas fluorescentes e pelos paks de soutiens plastificados, sem esquecer as já famosas bandeirinhas portuguesas que o Scolari mandou pôr nas janelas (aquando do Euro2004), inaugurando assim o mais recente negócio chino-português, o negócio (olhem, nem mais nem menos…) da China. O ambiente dentro das lojas dos chineses até que é engraçado, pois ou se ouvem os rádios a pilhas naquelas estações duvidosas com músicas do tipo “pim pim pim pim pim pim pim pim” e com homens a debitar 100 palavras por segundo, ou se ouvem os telefonemas dos parentes chinocas, que cá em Portugal, ligam para os familiares bem distantes, e que muitas das vezes, aposto, falam mal de nós ou do nosso país. Mas nós, como não percebemos chinês nem queremos ficar com os olhos em bico - para isso basta ver o Sócrates - nem ligamos e damos meia-volta.
E é assim que se passa parte da manhã na Aranguês: a tratar das papeladas na Loja do Cidadão (que equivale às urgências do hospital de São Bernardo em hora de ponta) e a vasculhar nas prateleiras dos chineses (todas a abarrotar)!
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sábado, 7 de novembro de 2009
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