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sábado, 7 de novembro de 2009

Uma Tróia que não foi feita para todos...

Com o mega-complexo turístico na sua fase final, para trás ficaram memórias e recordações daqueles que eram tempos alegres, de convívio e de férias familiares. Em lugar das praias e dunas ditas protegidas, há agora uma marina de luxo que ostenta à sua frente um imponente casino-hotel, onde outrora existiam algumas casas e vegetação. Mas os tempos mudam, as cidades evoluem, e neste caso não podia evitar-se que património como este fosse danificado para dar lugar àquilo a que chamaram os empresários de “importante pólo turístico regional”.

Tróia tornou-se assim privatizada e de usufruto das classes privilegiadas, e de acesso quase impedido aos setubalenses, que, com muita ginástica financeira, se deslocavam até ali. Os ferries, esses, são mais rápidos, mas o dinheiro das travessias duplicou. Mas não é este o maior problema, se tivermos em conta todos os outros, como a degradação dos territórios e o impacto ambiental associado às grandes construções, numa altura em que são levadas a cabo tantas campanhas contra a poluição. Se virmos bem, decerto que todo aquele empreendimento está a danificar a paisagem, que de um ano para o outro mudou drasticamente com as construções de cimento, disfarçadas com plantinhas e arbustos… e muita madeira para tornar os recintos mais arejados. Há já quem diga que “ali aterrou uma nave espacial”, que representa assim um obstáculo para o povo que até então ia para Tróia, que está agora diferente, sem partes de si em sem memórias.

É uma Tróia para o luxo, onde só lá pode ir quem pode… e não todos, como dantes!





1 comentário:

  1. Tens toda a razão! Concordo! Não deviam ter limtado a Tróia ao povo!


    by: João

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